quinta-feira, 3 de março de 2011

Um sorriso ocupou o meu rosto hoje

      O tempo está correndo. 
E cada dia que passa, eu acredito mais e mais, na capacidade que ele tem de curar.
Novos dias chegam, e juntamente coisas novas, pessoas novas aparecem.
E por pior que seja a fase que nós passamos, depois dela, sempre vem a fase boa.
Afinal, são fases, uma hora ou outra, passa.

Um sorriso ocupou meu rosto hoje.
Não estava em uma festa, mas meu corpo seguia o ritmo da música.
Algo me dizia que ali era o meu lugar.
E poderia permanecer o tempo que fosse.

Minha mente havia deletado todas as mágoas.
Elas já ficaram tempo suficiente.
E a hora de ir embora chegou.

Dei um tempo pra mim.
Uma chance pra esse sorriso permanecer.
Talvez alguém tenha notado que ele havia sumido por tanto tempo.
Não sei.
Você notou ?

Eu me senti tão bem.
Por algum tempo, eu saí do meu mundo.
Entrei em outro totalmente diferente.
E nele, eu pude fazer o que eu mais amo fazer : dançar.
Era um curso diferente, uma aula diferente.

Eu descobri diferentes coisas.
Vi diferentes rostos.
E aquele sorriso, aquele sorriso permanecia ali.
E não existia algo que o tirasse dali.
A felicidade era tão grande, que não seria pouca coisa que iria conseguir desfazê-la.

Estou mais forte nesse momento.
Foi o único ponto positivo das mágoas.
Elas me fizeram forte. E me fizeram crescer moralmente também.

Só estou deixando o vento soprar.
O tempo passar.
E a vida seguir.
Mais forte, mais sorridente.
Mais feliz !

Você quer vir comigo ?
Na verdade, eu sempre te tenho junto de mim.
Esse é o meu segredo.
Porque me faz bem.

Eu já tenho um sorriso estampado no meu rosto.
Ter você aqui seria ótimo. Seria perfeitamente ótimo.
Seria melhor do que ter de te imaginar aqui, do meu lado.
De qualquer forma, eu consigo caminhar assim mesmo.

Eu posso não ter você aqui e agora.
Mas ninguém me garante o futuro.
Nem você mesmo pode me garantir.
Ou se garantir.

Como eu sempre digo a mim mesma :
Só o tempo para responder todas as minhas perguntas.
Só com o tempo para obter todas as minhas respostas.
Só o tempo ...

Enquanto isso, eu sigo com o sorriso no rosto.
E secretamente, com você do meu lado. ;D
                                                                                                                            

Prêmio de consolação

  Durante muito tempo, ficou estampado em minha face que eu gostava de você. Mas como é da sua personalidade, você me ignorou por algumas (muitas) vezes e eu sofri bastante. Todos que me cercavam perceberam o meu ‘‘ar’’ de decepção. Por que disse que me amava justo quando eu estava prestes a ir embora? Por mais que eu quisesse, já era tarde demais. Jamais deixaria para trás meus objetivos para pertencer eternamente a você; para esquecer o mundo. Você nunca me amou pelo que eu era e sim por tudo o que eu tinha.  Meu maior medo era que fosse apenas o prêmio de consolação de uma aposta idiota, e eu acabei sendo.  Eu confiei cegamente em você, agora não consigo mais. Só de fitar a sua pessoa sinto nojo, raiva, ódio. E espero não precisar voltar aos seus braços, porque no dia em que isso acontecer jamais terei força para sair.

Dilacerada

 
Ela decidiu tirar um tempo para pensar, sua vida já não era mais a mesma. Ela cresceu em uma cidade pacata, mas nunca se acostumou com a idéia. Ela perdeu os pais nova demais e teve que aprender com os próprios erros. Ela cresceu na vida e teve tudo, mas nunca deu valor em nada. Ela tinha um sonho, mas achava que nunca iria realizar, pois costumava pensar pequeno demais em um mundo grande demais. Ela nunca brincou do que meninas brincavam. Ela achava que tudo podia melhorar mesmo sabendo que não iria.  Ela estava cansada de viver uma vida que não era sua. Ela nunca soube para onde estava indo, só tinha em mente que iria para um lugar qualquer longe de tudo o que havia passado. Ela confundia liberdade com libertinagem. Ela sonhava em encontrar um grande amor, mas errou quando esperou que ele viesse em meio a uma carruagem e montado em um cavalo branco. O problema maior foi  ela sempre esperar que houvesse uma luz no fim do túnel, mesmo sabendo que não havia.